A Catatonia e o Povo Brasileiro



Similar a essa doença mental é o comportamento do povo brasileiro, ou então, melhor me expressando, da maior parte do povo brasileiro.
Povo brasileiro. Mas, afinal, o que é um povo? Um conjunto de pessoas que, em determinado momento, é constituinte de uma nação. Advém, portanto, outros termos tais como território e cidadão. Sim, bela definição, e o que faz esse conjunto de seres querer algo que os beneficie de alguma forma, que deixe sua vida menos sofrida? Poder, dinheiro, lazer, tudo isso? Adentramos ao interesse particular logo que pensamos nisso "o que é melhor para o povo (para mim)?".
Somos egoístas e orgulhosos, isso atrapalha bastante a resolução, se é que existe, de problemas de ambas as esferas, coletiva e individual. Aprendemos, através de governos, de sucessões de governantes, que nosso país é belo e que precisamos conservá-lo assim para o nosso próprio bem - nosso?.
Políticos não resolvem problemas. A democracia é uma ilusão, uma paródia do poder do povo escrita por aqueles que detêm o poder e que sempre estão atrás das cortinas, manipulando suas marionetes, os titeriteiros mais ricos e influentes da Terra. Para eles não importa se ganha o candidato A ou o B, todos estarão sob suas ordens. Por isso, nunca vamos resolver nada através de eleições. Para começar, uma democracia não deveria obrigar o próprio povo a votar. É, quem não sabe ler e nem escrever é obrigado a votar na face de um ou nas formas dos números, sem saber o que são números.
Devo concordar parcialmente com aquilo que disse Frank Herbert, famoso autor de Duna: "Absolute power does not corrupt absolutely, absolute power attracts the corruptible.” Uma coisa é indivisível da outra, ao menos enquanto vivermos o monetarismo (socialismo, capitalismo, etc., todos seguem ao deus dinheiro/poder).
E o povo, o que pode fazer? Nada. Agora, se os povos fizessem algo juntos, então, sim, haveria uma esperança para a humanidade. É como um indivíduo querendo mudar o país todo, é impossível, todos o sabem. Gandhi não agiu sozinho, Che estava com os camaradas, Madre Tereza vivia cercada. Alguns grupos tentam exibir a verdade, mas acabam taxados pela mídia de massa como terroristas - alguns o são mesmo - mas aqueles que usam a força da palavra, das ações, devem se sentir bem por terem tentado mudar algo, ou chamar a atenção para coisas que não deveriam estar como estão.
A maioria dos brasileiros, pacíficos, acolhedores, um povo de bem, mas que no entanto, "acaba por ser escravo" (retirado do hino Rio-Grandense). Tivemos presidentes cultos e corruptos (José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso) e, posteriormente, presidentes analfabetos funcionais e corruptos (Luís Inácio da Silva, Dilma Vana Roussef e Michel Temer).
Estamos entregues a esse tipo de gente e ainda recebemos o timbre de "responsáveis por eleger tais pessoas", sim, a culpa por roubarem é nossa e a culpa por estarem no comando também é nossa. O que nos resta, Macunaíma?
Ai, que preguiça!
Vamos deixar os orelhões assim como estão, inoperantes, e não cobrar de ninguém; vamos deixar o dinheiro do erário ser surrupiado (alguns vão presos, mas o dinheiro não volta!); o tamanho dos produtos nos mercados diminui, mas o preço aumenta; o educador sofre nas mãos dos educandos e também é massacrado a seguir uma estupidez de LDB; os alunos atrofiam seus cérebros nos celulares e nas Globo, Record e SBT da vida; roubam a Petrobras e os preços aumentam; aumentam os impostos e tudo o que é público se deteriora.
Andemos a pé, façamos manifestos silenciosos já que somos pacíficos, comamos menos - ajuda a manter a forma, não? -, ou tracemos nossos planos para incendiar a elite - mas hoje está fazendo calor, ai, que preguiça!

Ninguém está impune; eu e todos nós brasileiros somos responsáveis pela nossa catatonia.

"Foi na Unidade Básica de Saúde, às 3h da manhã, para tentar conseguir uma vaga com o clínico geral e, tendo conseguido uma senha, adentrou ao consultório, às 11:15, para realizar o exame:

- Diga trinta e três (será que essa criatura sabe que são números?)
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
- Respire.

- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino (ou um pagode, não?)."

(Sarcasticamente adaptado do poema Pneumotórax, de Manuel Bandeira, 1886 - 1968).
(Macunaíma, de Mário de Andrade, 1893 - 1945).


Frases presidenciais:

"Minha mãe é uma senhora que já nasceu analfabeta." Luís Inácio da Silva.
É MUITO pleonasmo numa frase só, parabéns!

“Paes é o prefeito mais feliz do mundo, que dirige a cidade mais importante do mundo e da galáxia. Por que da galáxia? Porque a galáxia é o Rio de Janeiro. A Via Láctea é fichinha perto da galáxia de que o nosso querido Eduardo Paes tem a honra de ser prefeito”. Dilma Roussef.
Esqueceu da medicação e a verborragia sem sentido veio à tona.

Slogan durante o governo de Dilma Roussef:
"País rico é país sem pobreza." Que Governo que gosta de pleonasmo. Deveria virar algum feriado nacional, dia do pleonasmo - celebrado de dia.

"Embora voltando hoje ao Brasil, desde já com a reunião que tivemos com os empresários, e da reunião que tivemos agora com vossa excelência e mais adiante com o Parlamento e, um pouco mais adiante, com sua majestade, o rei da Suécia, eu já tenho a mais firme convicção de que, embora muito rápida a nossa visita, ela estreita cada vez mais os laços entre Brasil e Noruega." Michel Temer.
Escapaste às aulas de Geografia, Temer? Ah, o Governo cortou verbas da educação.


O típico dia de um brasileiro "Ai, que preguiça!".

Macunaíma. Interpretado por Grande Otelo.

Sem comentário.



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