Acordando de uma ilusão
Quando vi os aviões acertando as torres naquele mês de
setembro achei que fosse tudo verdade: os ocidentais tinham um inimigo
perigoso. Anos mais tarde, ao buscar por informações de ambos os “lados”, pude
pesar e concluir que o inimigo está ao meu redor, sempre a me vigiar e que se
chama Estado.
Era realmente agradável viver em um mundo onde as pessoas
eram levadas a acreditar que os nossos governantes lutavam e faziam o possível
para aprovar seus projetos que vinham em benefício de todos. Cada migalha de
justiça que um determinado grupo favorecido recebia era comemorado como algo
grandioso, afinal, fulano ou ciclano no poder foi quem nos “deu” tal benefício.
A ignorância é uma benção, mas nos mantém como gado, satisfeitos
nas necessidades básicas apenas.
Estou HUMANO, e como quem está lendo isso, tenho mais
necessidades a serem supridas além do estômago e do sexo. Estive diante da
televisão por muitas e muitas horas sendo disciplinado na aceitação de tudo
aquilo que me era oferecido; a TV era boa companheira, ajudava-me quando estava
com medo e a deixava ligada para que seu som dispersasse o “mau” que me estava
espreitando; ah! como era bom ver desenhos e jogos de futebol, filmes e séries,
noticiários e pronunciamentos do “nosso líder”, quem quer que estivesse no
poder.
Hoje sinto-me desperto em relação às garras da mídia e da
covardia dos governos; liberto, ainda não, porque isso vai ser algo para daqui
a muitos anos. Como despertei? Não lembro, apenas foi algo inato em mim essa curiosidade
por saber mais, por sempre questionar e ir além do que foi dito; sempre há algo
a mais por saber. Por volta do ano 2009 entrei em contato com um vídeo chamado Zeitgeist, que me levou até o
documentário homônimo, e daí em diante nunca mais parei de buscar e encontrar
fatos e dicas que me levam sempre a esse “além”, e de lá para outros degraus na
escada do conhecimento.
O mundo atual está desenvolvido fortemente em torno do
monetarismo que se tornou, ou sempre foi, o que sustentou a criação dos estados
e governos. Não se vê mais distinção entre comunismo, socialismo e capitalismo,
todos giram em torno do dinheiro e do poder consequente dele, desfazendo as
linhas que separam um e outro – mantidas ainda pela mídia com a finalidade de
“unir” o povo contra um inimigo em comum: o outro sistema de poder.
Exatamente como romanceado por Orwell na sua obra 1984,
vemos o mundo contemporâneo cada vez mais próximo daquele, criado na cabeça do
autor e tomado forma física em 1938. Quando se controla com tamanha autoridade
o povo é facilmente posto em um estado de dormência, pela insistência ou pelo
medo de punição, não permitindo, se bem aplicado, nem pensamentos contrários ao
governo.
Claramente consigo perceber que o Estado nunca trabalhou em
meu benefício, quiseram me criar como se eu servisse para um único propósito, o
emprego. Todos temos de trabalhar e isso é algo natural dos homens, porém, o
termos de baixar a cabeça e passar doze anos ou mais numa instituição
manipuladora chamada escola para depois nos colocarmos sob as ordens de um
burguês e vivermos como escravos disfarçados de empregados, isso não! Basta!
Queres tu, leitor, passar a vida esperando pela primeira
semana do mês, dedicando oito ou mais horas por dia da tua vida a gastar teu
corpo para um porco que vai lucrar muitas vezes mais do que ele te paga? Até
quando vais permitir que te suguem a saúde e ainda vais pagar por isso
(remédios, vacinas, exames, testes etc.)?
Estou insatisfeito com isso e venho pensando em formas de
mudar essa situação, contudo, não vejo outra saída enquanto não for retirado o
dinheiro da sociedade. Quando nenhuma outra moeda de troca for aceita a não ser
o meu próprio trabalho em meu benefício e em benefício dos outros, então terei
a certeza de ter alcançado meu ideal de harmonia e de prosperidade.
Se cada um de nós começarmos a divulgar suas ideias,
pensamentos e trabalhos em prol de uma sociedade realmente justa e livre, isso
já é um importante passo para escaparmos ao domínio disso que aí nos oprime e
nos quer mal, o Estado.
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